Movimento Pulsante

As empresa precisam se movimentar, tanto internamente. A mudança interna significa movimentação de funcionários para setores ou cargos diferentes, revisão de processos, realização de projetos e cursos de formação entre outras atividades que possam contribuir para a pulsação da empresa. Essa pulsação revigora a instituição, fazendo com que os participantes sintam-se valorizados.

Esse movimento expressa a preocupação da alta direção com os seus colaboradores. E esse cuidado  é sentido como valorização humana. Vale ressaltar que o maior patrimônio das empresas são pessoas, sem elas não existe empresa. Investir nas pessoas é garantia certo de retorno positivo para a instituição.

Trabalhar para que? Para quem? - Por Dra. Graça Oliveira

Num programa de televisão, ouvi um transeunte responder sorridente e sem pestanejar que, se ganhasse sozinho na Mega Sena - essa era a pergunta do repórter, num ensolarado sábado de prêmio acumulado -, pararia de trabalhar, dentre outros sonhos, do contrário, inatingíveis. 
Aqueles olhos acendidos pela brincadeira de faz-de-conta, num rosto maltratado pelo sol, no qual sustentava um sorriso que deixava ver os dentes que lhe faltavam, me tocaram profundamente. Por traz da simplicidade da resposta rápida, havia uma triste realidade: a experiência de sentir-se obrigado a uma atividade da qual, se pudesse - ah, se pudesse... -, se libertaria imediatamente. Que diferença haveria entre trabalhar assim e a escravidão? Pus-me a pensar!
Certo está que não se trata da mesma exata coisa. Mas como entender a experiência de ser obrigado a realizar, na maior parte do dia claro e da vida lúcida, uma tarefa que, pela ausência de possibilidade de escolha, remete mais à opressão que à liberdade, antinomia da escravidão? Sem dúvida, alguma similaridade há!
Neste sentido, há que se perguntar: quem são os capatazes ou capitães do mato dos dias de hoje? Onde estão? E o temido tronco? Onde está? Certamente, para cada uma dessas perguntas, há variadas e inúmeras respostas: ausência de melhores oportunidades, falta de instrução, o sonho dos pais, o status que tal emprego pode proporcionar, o salário do qual "só um louco" abriria mão, o sonho de conquistar uma determinada parceria romântica, o pragmatismo ajuizado de uma sociedade altamente competitiva, etc, etc e etc.
Por traz de todos esses argumentos e outros mais que imaginemos, não nos enganemos, esconde-se a universal, atemporal e inelutável necessidade de ser aceito, valorizado e amado! Na verdade, esse gênero de primeira necessidade encontra-se no epicentro de tudo o que somos e fazemos: ricos e pobres, escravos e livres, servos e senhores, nobres e plebeus, sacerdotes e fiéis, governantes e governados, pais e filhos, artistas e fãs, cônjuges, irmãos, amigos e amantes. Em suma, faz parte da condição humana, onde quer que se manifeste sua natureza relacional. Então, onde se esconde o carrasco? A resposta é praticamente um susto: na nossa dificuldade em aceitar, valorizar, e amar a pessoa que somos!
Quanto menor a auto-estima, maior a dependência da validação do outro e maior a necessidade de percebermos sinais de aprovação, por parte das pessoas que, de alguma maneira, nos importam. Ironia das ironias: o chicote está "em nossas próprias mãos"!
Objetarão alguns que a sociedade, as contingências econômicas, enfim, o ambiente tem papel preponderante neste processo de realização profissional e pessoal. Os tempos, diriam os antigos, andam bicudos! Não discordo, mas, como explicar a diversidade observada, sob as mesmas circunstâncias econômico-sociais?
O comportamento humano é fruto da relação entre o que vai sob a pele e o que nos rodeia. Não há como negar: temos a nossa parcela nesta equação! Vamos montando o cenário, enquanto engendramos nossas vidas. Perguntaria Sartre: o que você fez com aquilo que a vida fez de você?
A realidade é que, para aplacarmos nossa ansiedade por reaseguramento afetivo, priorizamos escolhas que julgamos agradarem os outros, independentemente do quanto nos custe e
sem darmo-nos conta que, assim, acabamos por contruir uma vida que, num triste dia, reconhecemos: não nos pertence mais.
Temos que, de alguma maneira e em algum momento, sair do papel de atores coadjuvantes da nossa própria biografia. É preciso protagonizar, assumir riscos, deixar de ser infeliz por medo de não ser feliz e aprender a gostar de si mesmo! Fácil? Não exatamente, mas possível!
Há alguns anos, ouvi um relato do qual nunca me esqueci. Um conhecido, num dia luminoso, declarou: "posso não fazer tudo o que quero, mas, pelo menos, eu não vou mais fazer o que não quero!". Soube que realizou uma grande mudança em sua vida até conseguir o que, de fato, queria: sentir-se mais feliz! Se ele, em sua sétima década de vida, conseguiu, por que não tentar? Infelizmente, não há uma receita pronta que nos ensine como fazê-lo. A jornada que leva à liberdade interior é uma descoberta pessoal e intransferível. O segredo é não esquecer que qualquer caminhada começa com um primeiro passo que, neste caso, pode ser simplesmente começar a pensar sobre o assunto.

Paciência - Lenine


Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não para...
Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo
Espera a cura do mal
E a loucura finge
Que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando
Cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para não...
Será que é tempo
Que lhe falta para perceber?
Será que temos esse tempo
Para perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para
A vida não para...